Quinta-feira, 16 de Setembro de 2010.
Acordo já o sol vai alto, com a brisa fresca do mar preenchida de todos os aromas a que temos direito. Tempo de começar a pedalar de Fiumicino para Roma.
Acordo já o sol vai alto, com a brisa fresca do mar preenchida de todos os aromas a que temos direito. Tempo de começar a pedalar de Fiumicino para Roma.
Pelo porto de pescadores adivinham-se embarcações que outrora traziam para duro solo os lastros cheios de vivo peixe. Continuando pela estrada nacional reparo na quantidade de lixo que a berma vai juntando... e eu a pensar que éramos só nós.
Entretanto percebo porque é que os automóveis Fiat não são feitos para durar: simplesmente porque encontrar um italiano que o conserve por muito tempo sem o pintar... é mesmo raro! É difícil encontrar um carro que não esteja batido ou raspado. A atmosfera, embora limpa, está cheia de gás carbónico, os carros são tantos que se nota a gasolina queimada, e o trânsito... caótico! Os carros ocupam até ao último milímetro e o que sobra chega para as muitas scooters se meterem.
Trinta km percorridos e chego a Roma e como diz o ditado “Em Roma sê romano”! Em vez de ir directo ao vaticano, entro guiado pelo GPS pela parte antiga (Via Aurélia) e... UAU! O Coliseu surge como se me quisesse assustar. Uau, uau, uau, o império romano revela o seu esplendor.
Sigo para o Vaticano à procura do centro mais barato que tinha nas informações e fui bater na porta errada mais certa que bati até hoje!
Eu explico: bati á porta do que pensava ser um centro juvenil. Apareceu um rapaz dizendo que estava num centro espiritual e não um albergue. De seguida apareceu também sorrindo Mercedes, uma "chica" mexicana que propôs logo a Bernardo que me convidassem para almoçar, e pronto, entreguei-me a eles, estava no sítio certo.
Mostraram-me o centro, que ficava no interior uma igreja que por fora tinha sido completamente absorvida pelas construções. O local albergava uma cruz que João Paulo II tinha oferecido àquela igreja para percorrer o mundo nas Jornadas da Juventude e é difícil descrever o que se sente quando estamos diante de algo com tanto valor simbólico, como se tivesse vida própria. Almocei a tradicional pizza com um grupo que foi crescendo e logo se propuseram a arranjar um sítio onde pudesse ficar.
Bem por hoje estou a alongar-me... Só para dizer que jantei com esses amigos e ficarei com eles até domingo. A dormida foi num hotel privado de Instituição de Formação Católica e Missionária de jovens.
Até amanhã!
Samuel Santos
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