Amir Klink

"Um homem precisa de viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens ou TV. Precisa de viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa de viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amir Klink















quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia 6. Ciau Roma!

Segunda, 20/9.

Acordo pela alba pois tinha que sair cedo, sigo até à praça de São Pedro para lhe pedir que tenha uma boa viagem e me despedir da cidade dos monumentais monumentos, das milhares de fontes a deitar fartos fios de água 24 horas por dia, das pinturas onde o nome de todas as cores não são suficientes para as legendar, das ruínas e dos templos, enfim, ciau do outrora centro do mundo!



Saio da praça pelo seu lado direito já a bike marcava 75 kms, depois subo o parque natural de São Mário. Eu a pensar que era tudo plano... mudei logo de ideias! Mas valeu a pena pois no alto tinha uma vista fabulosa sobre a cidade. Passo por La Storta tentando não ser atropelado pelos malucos que conduzem por estas bandas e eis que o GPS me indica uma saída da estrada para uma zona com enormes rectas. É nessa rota que avisto o primeiro sinal a indicar os caminhos de Santiago. Em Campagnano di Roma (já com um bom tempo a pedalar) passo mesmo no meio da vila e ouço ao longe um enorme som que mais parecia uma pista de fórmula 1 do que uma estrada...
O almoço: uma simples salada com sardinhas de lata, tomate, milho e grão para repor.

Pela região de Sutri um campo de arqueologia com aquilo que parecia ser espaços para depositar os restos mortais. Passei também por um anfiteatro, mas este era autêntico por era escavado em vez de ser construido. Pouco depois perdi uma hora por ter que voltar atrás uma vez, que o caminho não tinha saída...


Como estava cansado parei em Capranica para um lanche e acabei por fazer os 30 kms que faltavam até Viterbo por estrada. Aí fiquei num centro paroquial, fui recebido por Patrick de braços abertos.

Pizza, cerveja e repousar dos 115 kms que tinha nesse dia.

Um abraço,

Samuel Santos

1 comentário:

  1. Força, que tudo corra bem nessa tua viagem! Um abraço deste teu amigo...Toninho
    P.S- vê se trazes uma namorada dos alpes suissos...

    ResponderEliminar