Amir Klink

"Um homem precisa de viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens ou TV. Precisa de viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa de viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amir Klink















quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia 7: Figos, uvas e amoras!

Terça, 21/9.


Acordo com a sensação de cansaço e perco a pressa...

Como do que tenho, assino o livro de visitas e saio. Admiro mais uma vez as muralhas de Viterbo e sigo pelos campos. Estava já a ficar um pouco tarde e dava para ver que o cansaço do dia anterior estava nas pernas - a jornada não parecia ser nada fácil.




O traçado leva-me até uma estrada em calçada romana e sinceramente, é mais difícil andar aí do que em terra batida pois os pedaços de pedra são maiores que o normal e os sulcos entre elas não deixam a bicicleta em paz.



Avisto ao longe uma povoação no alto de um cume e lá rumei eu, estrada romana acima. Chegando a Montefiascone visito uma cripta enorme que se destacava perto. No interior, devido ao casaco que a câmara municipal me ofereceu, fui abordado por um casal de brasileiros: Carmelo e Henriqueta de São Paulo. Conversei um pouco com eles acerca das suas e a minha viagem, deixei-lhes o meu contacto blog e espero que me contactem.



Segui para o outro lado da vila e uau, avisto desse lado o enorme lago de Bolsena com 3km de diâmetro com 2 pequenas ilhas no meio. Avanço para a vila que dá o nome ao lago e durante um troço decido voltar atrás a apanhar a estrada pois o trilho parecia estar a fechar demasiado e não queria correr o risco de ficar sem almoço e sem saída no meio do vale onde me estava a dirigir.

No caminho de volta encontro uma grande figueira junto a uma vinha e pensei: se juntar pão, as sobras de milho doce e grão que tenho faço uma refeição mais ou menos completa! Nem preciso dizer que pouco depois (sabe-se lá porquê!) estava sem energias e tive que me arrastar estrada fora até uma subida que sim, essa me assustou. Valeu-me a coca-cola que comprei numa máquina para ganhar asas e subir dos 350 aos 850 metros de altitude como se nada fosse.



Chegado a Piancastagnaio sou surpreendido com uma vista maravilhosa e como descobri que o meu mal era falta de açúcar decido parar para comprar um frasco de mel para comer com pão. O melhor de tudo era que finalmente Abadia São Salvatore estava a apenas 5 km e plano.

No destino procurei o albergue que era num mosteiro cisterciense tal como o de Alcobaça. O padre que me recebeu disse-me que já tinha estado pelas minhas bandas e que dos 84 anos que tinha já por ali estava à 58!



Como colega de quarto um francês chamado Benoir ou Benedito. Jantei com ele numa pizzeria e insistiu em pagar o jantar. Merci Benoir!


Um abraço,

Samuel Santos

2 comentários:

  1. Espetacular essas ruas!! Transporta-nos para seculos atrás...

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  2. Laura: PARABÉNS PADRINHO.

    Diana: PARABÉNS TIO, gosto muito das tuas fotos

    BEIJINHOS

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