Amir Klink

"Um homem precisa de viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens ou TV. Precisa de viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa de viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amir Klink















sábado, 23 de outubro de 2010

Dia 36. Encontro com o meu pai.

Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010.


6.30 toca o despertador e vejo que não tinha mensagem nenhuma do meu pai a confirmar que tinha chegado ao local combinado. Mando eu uma para que ele me diga algo e responde-me às 7 que foi quando chegou, faço-me até ao local combinado. Com ele matei saudades, falamos bastante e ao fim de rápidas 2 horas ele teve que seguir, e eu também mas de alforges completamente cheios de tudo...



Nota-se tanto o andar da bike com uns kilos a mais que voltar a subir o Monte del Perdon foi mesmo algo um pouco penoso, mas à 3 terceira foi de vez! Quando voltei a Puente lá Reina começei a encontrar de novo os peregrinos que desde San Jean Pied de Port me acompanhavam, é incrível aquilo que eles andam. Tambem encontrei a alemã que trazia o carro foi com ela que almocei junto á ponte romana. Quando retomei foi pelos caminhos, fotos e uvas, queria aproveitar tudo ao máximo.


O céu estava todo tapado e me engano muito ou vai começar a chover... se verá. Nas vinhas ainda se vem as máquinas a vindimar mas como a pressa é inimiga da perfeição fica tanta uva para trás que quando paro faço render a paragem, e super maduras com o sabor do sumo das outras que a máquina apanhou são maravilhosas, um verdadeiro prazer daquilo que sobrou.


 
Los Arcos, Estella, aqui encontrei Petra, uma jovem checa que ia mais avançada de todos que partiram de Roncesvalles, Viana e por fim Logrõno onde fiquei com 120 km, mas os últimos por estrada.Aqui voltei a dar uma volta nesta cidade praticamente feita no meio de um deserto, que em julho na minha última viagem de trabalho tinha visitado. Muito gira esta cidade, com uma enorme zona de lazer à beira rio como a que está projectada na minha cidade de Alcobaça. O jantar foi feito de modo a aliviar o peso e diminuir o volume pois é bom ter muito que comer mas para fazer o caminho é melhor ir mais ligeiro.





Um abraço peregrino, Samuel Santos.

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