Amir Klink

"Um homem precisa de viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens ou TV. Precisa de viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa de viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amir Klink















domingo, 24 de outubro de 2010

Dia 39. Ficamos 4!

Sábado, 23 Outubro de 2010.




O coitado do Genis tal como o resto estavam descontente pelos 2.50 euros que tinham dado pelo pequeno-almoço, mas eu como sempre comi do meu saco.

Como ele se queixava do joelho direito tratei do rapaz antes de sairmos, tentei ver como não era superficial deveria ser dos ligamentos, talvez um pouco de fibrose de um salto exagerado que ele dizia ter sido à uns 2 anos. Mandei-o sentar e com uma pomada que me tinham oferecido em Puente lá Reina massagei no onde ele mais se queixava uns 10 minutos até eu pensas que chegava.



Partimos e fomos despedindo pelo caminho dos italianos e brasileiros que conhecemos, como queria encontrar Maxim e Julien e terminar o dia em Leon fomos a um ritmo de treino puxado por estrada com Genis na minha roda.




 Recebi uma mensagem de Maxim a dizer que apenas estavam a 20 km à frente e que almoçariam em Sahagum que para nós seriam 60 km desde o início, perfeito! Continuamos como o gato das botas que em cada passo andava 7 léguas, estrada nacional 120 com o caminho na berma em terra batida, nós seguiamos comigo a treinar séries e o Genis que se aguentasse na roda... mas estava bem com a pouca bagagem que tinha e os pneus de terra duros como rocha. Quando lhe perguntei pela dor do joelho já lá não estava, a massagem e a correcção que lhe fiz na altura do selim foi proveitosa, mas faltava uma coisa que era acertar a inclinação também do selim pois estava inclinado para trás, paramos para comer algo e corrigir o erro.Seguimos a Sahagum e quando chegamos tentei ligar a Maxim, respondeu depois a dizer onde estava quando estávamos a fazer compras e foi só ir até eles... grande festa!




Abraços e histórias, comemos e rir na Plaza Maior junto ao mercado de rua que havia, com tudo o que era tradição e pessoas pela rua, cheiros e cores com o sol que fazia a manter-nos quentes, hum... óptimo estar entre amigo, e assim passamos a ser 4!



Genis era engraçado por ter tanto stress, acabava por perder imenso tempo perguntado tudo e mais alguma coisa, quanto kms, onde era, qual a estrada e eu a dizer que sabia pois tinha no gps.Continuamos em grupo até Manzilla de Mulas onde alguém tinha que ceder, ou Genis parar por aí ou Julien e Maxim continuar 20 km mais até Leon, para mim era igual e eu fiz um acordo com eles, se o albergue fosse bom e houvesse um supermercado low-cost ficavamos, caso contrário continuavamos e foi o que aconteceu, saímos por uma ponte romana antiga e siga a Leon. 6 km antes a bici deu sinal que também queria tempo de antena, o pneu de trás tinha uma bolha do tamanho de uma ameixa como se não tivesse câmara de ar, solução foi cortar a bola com um pequeno golpe na lateral e ver o as sair misturado com o líquido anti-furo, logo de seguida seguir para tentar chegar à cidade.



Cansados vimos por todos que tinha sido uma optima escolha pois Leon é fantástica e o albergue era de peregrinos e da juventude, simplesmente não tinha hora de fecho e com o micro-ondas acabamos por ir comprar umas lasanhas para o jantar.

Havia também wi-fi grátis e depois de actualizar tudo fomos dar uma volta já era perto de meia-noite, as gentes de espanha são bem características pois parece que todas estão a estrear roupa com cores garridas, os bares e à porta cheios de papel no chão e isso faz um contraste enorme pois fashion devia ser sinônimo de gente não tão desinteressada pela limpeza do espaço... mas bonita a noite aqui.
Vimos tambem a linda catedral de Leon iluminada, espantosa como julgava ser.




Voltamos para o albergue para mais um café com os bolos que haviam e conversamos até às tantas...



Um abraço peregrino, Samuel Santos.

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